Porto Velho
um cais
um cais
A lenda de
um velho
um velho
Agora um
caos
caos
Uma
ferrovia extinta
ferrovia extinta
Cachoeiras
eletrocutadas
eletrocutadas
Um rio
afogado em lágrimas
afogado em lágrimas
Mas o poeta
escreve seus versos
escreve seus versos
Num zoom de
uma fotografia
uma fotografia
Captura tua
agonia
agonia
Mas o
filósofo que polia lentes
filósofo que polia lentes
Tem razão
A natureza
é causa de si
é causa de si
E é
compreendida como existente
compreendida como existente
Na sua
profunda geometria
profunda geometria
Conserta a
equação errada
equação errada
Dos homens
Levou
tantas almas
tantas almas
Para
construir uma estrada
construir uma estrada
De ferro
A conquista
do oeste
do oeste
Atingiu a
hileia ocidental
hileia ocidental
Depois que
nos acostumamos
nos acostumamos
Com ela
Teve um fim
fatal
fatal
Agora numa
pororoca
pororoca
violentas
O rio
devora suas margens
devora suas margens
Arrebenta
Suas
malocas ocas locas
malocas ocas locas
Chora por
suas pedras negras
suas pedras negras
Explodidas
Afoga os
exoesqueletos
exoesqueletos
No plaino
abandonada
abandonada
Da Madeira
– Mamoré
– Mamoré
Dipétala o
Cai n’ água
Cai n’ água
Em profunda
dor
dor
Linda Porto
Velho
Velho
Navego em
tuas ruas liquefeitas
tuas ruas liquefeitas
Igara
igarapés aguapés
igarapés aguapés
Sem os
balés do boto rosa
balés do boto rosa
Sem os
cantos das tuas iaras
cantos das tuas iaras
Luiz Alfredo - poeta
Sempre brilhante poeta!! Abraços!!
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