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quarta-feira, 6 de março de 2019

PVH


Sem Mellem
Sem alguém
Sem ti
Sem o Guarani
Sem as balas do Giuliano Gema
De hortelã
Anis
Sem o Cine Brasil
Depois um suco de cupu
No bar do Arara
Um guaraná  Marau
Ou Tuchau
No Café Santos
Uma salteña no J. Lima
Sem o Resky
Um kibe no Almanara
A Bringite Bardor
Sem o teu amar
Um licor de jenipapo
Sem aquele papo no canto
Sem o teu encanto
A poesia do Bolivar
Sem aquele bar
As jujubas coloridas
O chiclete ploc
Suas figurinhas
Um sabor pregado
Nos dentes
Bolinhas no ar
Sem ti
Sem o gibi
Da Brotoeja
Arqueja meu pobre
Coração
O trem da EFMM
O filme acabou
Não tem mais bilheteria
O tempo passou
E não volta jamais...

                    Luiz Alfredo - poeta



domingo, 3 de março de 2019

mal-me-quer


Mal-me-quer

Despetalei um mal-me-quer
Fiz um soneto de pétalas
Queria ser um Mallarmé
Ser lido por cada uma delas

Um soneto de orvalhos
Com os raios do luar
Caí gotas dos galhos
Conjugo o verbo amar

Vem a negação do não
O positivo do sim
Advérbio de negação

Vem o amor até que no fim
Pétalas dizem sangrando
Que se pode amar enfim