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sábado, 24 de dezembro de 2016

Natal



Natal
Não é apenas uma semente
De tâmara
Que tem gosto de deserto
Histórias de mil e uma noite
Um luar abrasador

Mas é o nascimento de um poeta
Que versificava sobre o amor
E o reino de Deus
Colocando dentro de uma semente
De mostarda
Parábolas profundas eternas

Vestia os trigais separando-o
Do joio
Os lírios dos mais garbosos
Fatos
Aromas
E pêndulos ditosos
Que nem o poeta de provérbios
Se vestira como eles
Nem uma rainha com seus bordados
Véus sedosos

Coroou-se de espinhos sanguinolentos
Para trazer-me vida
Para que eu ame o outro
E tenha no meu coração
A mansidão
E compreenda a autoconsciência
Eu um grão tão pequeno
Nesta imensidão
A vagar com minhas metafísicas
Do ser e do não ser
E pobres poesias procurando
Dizer
Coisas que eu nem consigo
Compreender



terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Despeta-lo-ei



Despetalei um bem me quer
Roleta russa sem bala
Pra saber se ela me quer
Desesperada cabala

Num crepúsculo rosicler
Pela cortina resvala
Numa pétala qualquer
Amolada navalha

Que uma pétala sequer
Diga que vou sempre amá-la
Para o que der e vier

A última que sacá-la
Venha me esclarecer
Que com ela arrumo a mala


domingo, 11 de dezembro de 2016






                         N
                    U      F
              C               L
        R                        E  
     I                                X
C                                       O



                 V O O