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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Tempo Perdido




Esqueci do tempo
Não escutei o onomatopaico
Relógio
Entre teus lábios
Confundi o astrolábio
O conselho de provérbios
O ensinamento dos sábios
A sombra do sol

Estava num céu de cetim
A ametista no umbigo
O delírio dum bandolim
Esqueci que o universo
É uma flor de lótus com pétalas
Infinitas
Que o verso tem que dizer
Do Ser
Vou colocar meu olhar
Na borda daquele arrebol
E minha liberdade
Tem que coadunar com os raios
E rodopios do sol

Acorda girassol
O rouxinol está a cantar
A vida é um estribilho do sabiá
Sabe lá quantos versos
Até acolá
Vermelho é meu sangue
Azul meu horizonte
Atroz é meu olhar
Construiu com seus nervos
O arco-íris do céu
E aprendeu outras cores

Nos delírios