Sob os
filamentos das estrelas
E do luar
Vagando entre
mariposas e vaga-lumes
Nas algibeiras
do meu blusão rasgado
Leva a lira
dos meus vinte anos
Colheres flambadas
de absinto
Conhaques requentados
Inalando vapores
da flor proibida
Na solidão
da estação
Sob a
constelação e meu destino
Partiu o
trem
Foi embora
meu batelão
Também sonhei
com minha Julieta
No dia que
amanhecia
O canto da
cotovia
Seu olhar
que ardia por trás da coluna
Fria
Sonhei em
ter minha Layla
Minha Yoko
Meus versos
a chuva molhou
O tempo
levou meus sonhos
Os solos daquela
guitarra que solou
No meu
coração
Calou
E tive que
caminhar sozinho
Hoje meus
versos anástrofes neo-concretos
Pichados nos
muros desta velha pós-modernidade
Nesta cidade
de lixos derramados
E o amor –
ah! O amor
Ficou na
revolução dos sonhos
Quando a
flor enfrentou a baioneta
E pensávamos
que ele mudaria meu coração
E o mundo