Cuco tordo
melro
Foram
pássaros que nunca vi
Entraram na
minha vida
Pelos
poemas que li
Todavia a
cotovia
Por uma
grande estória
Amor
Não são
como o beija-flor
Que o vi
beijando a flor
O bem-te-vi
sentado nos raios
De sol
Sanhaçu nos
galhos do azul
Do céu
O corvo nos
contos fantásticos
Nos livros
de magia
E nalgum
versos de poesia
Com seus
cantos de luar
Seu augúrio
parecia cantar
Na janela
do meu tugúrio
Seu grasnar
alucinado
Com olhar
de relâmpagos
E
tempestades
O rouxinol
comia seus bicos
Ensopados naquela
tarde de sol
O uirapuru
nas margens de algum
Rio
Talvez o Negro
ou Purus
A graúna
nos cabelos negros
Da América
do Sul
O tico-tico
nos acordes
De um
chorinho
Ah!
Primavera naquela estação
O sabiá
naquela canção
E o
peito-roxo
Sempre
morou no meu coração
De curumim
Que nasceu
comendo ingá
Aprendeu
desde muito cedo
A oração da
flor do maracujá
O colorido
dos cogumelos floridos
Nas árvores
mortas
Colhendo os
verdes das matas
E os cantos
do japiim.
Luiz Alfredo - poeta
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