Como um
cuco
Vivo
aprisionado num relógio do tempo
Canto
sempre na hora certa
Precisando
sempre de corda
Mesmo num
cômodo pequeno
Escuro
trancado
Sou
feliz
Por que
ainda saio e canto
Mas um dia
ou qualquer
Noite
Esta parede
que segura
Este escuro
relógio
Estes
ponteiros que marcam
O tempo
Vão ser
levados pela eternidade
Ai eu terei
que morar
Em outro
lugar
Ou em
nenhum lugar algum
E não terei
hora para cantar
Por que o
tempo não consegue
Marcar a
eternidade
Nem precisa
destes cantos
Programados
Nem alguém
que eu acorde
Terei que
ter um acorde
Mais
revolto solto
Porque
cantarei na pauta
Da
liberdade.
Luiz
Alfredo - poeta
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