Teclas mudas
Baixos silenciosos
Foles sem
pleuras
Versos sem
coração
Deixou a
zabumba calada
O triangulo
sem canção
Sua alma
levou um pedaço do xote
Do xaxado
Do baião
Deixou uma
sanfona atônita
Triste lacônica
Quem vai ressuscitar
a harmônica
O arrasta pé
No pé de
serra
Do meu sertão
Poeta que
escrevia versos
Com o
acordeão
A asa
branca e o carão estão tristes
A chuva que
cai em gota iluminadas
Pelo luar
São lágrimas
de saudade.
Luiz Alfredo - poeta
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