Seguidores

sábado, 28 de março de 2015

O Infinito Aprisionado



Peguei um passarinho entre meus dedos
Na palma fechada da minha mão
Por um momento o infinito
Esteve aprisionado
Com suas asas impronunciáveis
Sem conjugar o verbo voar

Mas foram somente uns breves momentos
Não se consegue prender o infinito
Por muito tempo
Pois somos nós que acabamos
Seu prisioneiro
O conceito de liberdade não admite
Modo algum
Nem asas aprisionadas

Um comentário:

  1. Soneto-acróstico
    À Liberdade

    Se liberdade há é somente quimera
    Onde coabitam homens atrito existe
    Beligerância e luta, o que se espera
    Raízes de ferrenhas garras em riste.

    Estando pois, no infinito aprisionado
    Liberdade, apenas sonho de criança
    Infindo, teimoso, entretanto limitado
    Beira loucura que jamais se alcança.

    E aprisionar na mão um passarinho
    Retendo seu desejo mágico de voar
    Deixa cada vez homem mais sozinho.

    Asas portanto aprisionadas num altar
    Denota certo comportamento daninho
    Em que o homem não voa que se alar.

    ResponderExcluir