Eu vi a
mulher amamentando
Seu bebê
Como a
Via-Láctea alimenta
As constelações
Primavera é
a flor das estações
Andorinha é
a ave dos verões
Eu vi a
criancinha longe
Das guerras
Da fome
Do aborto
Sendo alimentada
naquela praça
Onde meninas
comem maçã do amor
Pensando no
amor
Uma garotinha
passeia num velocípede
Um poeta de
cordel vende seus versos
A granel
Mas faz uma
declamação de uma sextilha
Um desafio
tudo no violão
Sem olhar
nem um papel
Este nordestino
menestrel
Guarda tudo
de cor
Todos os
versos rimados
Depois passa o chapéu
Um músico
ao leu faz sua canção
Numa tuba
Mexe no
coração uma saudosa
Nostalgia
Faz Porto
Velho parecer New Orleans
Esse mundo é
bonito mesmo
Veja que
nesta praça
Tem papoulas
vermelhas
Numa pétala
passeia uma joaninha
E ao redor
uma borboleta azul
Descreve a metamorfose
das almas
A mutação
do universo
A dialética
dos dias
E a mãe
criando a humanidade
Soneto-acróstico
ResponderExcluirMamemos todos!
Seus bebês somos todos nós, humanos
Óbvio que Gaia alimenta outros também
Guarda ela seus muito ilimitados planos
Aos bichos e plantas que no Planeta tem.
Imita Gaia pois, Via Láctea que alimenta
As suas estrelas, constelações, cometas
Assim como uma mãe seu bebê acalenta.
Livres no cosmo, muitas luas e planetas.
Ilustre vate, à Gaia seu mundo compara
Mostra que entre eventos existe conexão
E vai muito além, em sua nostalgia clara
Nos seus versos de louvor e aclamação.
Talvez a abordagem desse seja mui rara
Apesar da lucidez de tanta transgressão.
Que lindo!
ResponderExcluirAcho que preciso sentar-me em uma praça e olhar a vida mais demoradamente...
Ao vate esquecido
ResponderExcluirVamos todos ao blogue do Luiz Alfredo
Grande qualidade ao talento ali se reúne
Por certo encontra lá leitores sem medo
O tal Jair Lopes e a pródiga Ana Bailune.
Inexplicável que não se prestigie tal aedo
Sinceros e bem formados os poemas seus
E que possui alumbramento não é segredo
Quem não o visita à curiosidade dá adeus.
A todos que não o conhecem, vê-lo incito
Blogue que não dá ponto sem fazer um nó
Tão veemente e veraz que deve virar mito.
Porém um dia, antes que tudo mais vire pó
Se deliciem com o vate Luiz Alfredo, repito
E digo mais, recomendem-no para sua avó.
Grato poeta e a poeta Ana
ResponderExcluirmeu blog se torna grande com vocês
que são grandes poetas
o céu é que torna grande o voo
dos pássaros
meus versos são pobres
mas é o que tenho na algibeira
e na ponta da lapiseira
não sou apenas um poeta
mas são muitos os poetas
que moram dentro de mim
Luiz Alfredo é apenas um pobre
poeta
um aprendiz da arte de poetar
amo vocês e a Regina