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quinta-feira, 12 de março de 2015

Eu não sabia beija-flor



Eu nem sei de mim
Beija-flor
Como vou saber da dália
Da magnólia
Da flor do jasmim
Como vou dar conta destes
Mistérios
Por que a rosa vermelha
Está com ela
E aquela papoula branca
Nos cabelos dela
Como vou saber destes destinos
Já basta meu problema
Com o caramujo
E com o cravo que trago na lapela
A flor que trago na antiga cigarreira
Amassada na algibeira
Meu dilema é com as estrelas
Com elas vou para um futuro
Desconhecido
Viajando neste universo
Sem fim

Claro colibri eu tenho haver
Com o cravo se abrir
A roseira florir florar exalar amor
Eu sei disto beija-flor
Cuidado com as flores venenosas
Meu amigo
Sim
Eu terei cuidado com as vitrines
Ocidentais
E assim nos distanciamos
Um do outro
Mas o pensar em reencontrar
De novo
É o significado da palavra esperança
É bom o encontros de alguns caminhos
Caminhos de bom coração
Andar por eles e andar de mãos dadas
Com a poesia


Um comentário:

  1. Soneto-acróstico Ao cuitelo
    E as flores que mais que tudo sabe você
    Umas fontes que transbordam admiração
    Sob seu bico floram sem saber o porquê
    Elas, graças a tua labuta, são o que são.

    Inclusive sei: sem beija flor, não haveria
    Begônia, dália, magnólia, cravo e jasmim
    Então, provavelmente em nosso dia a dia
    Indiferença, tristeza e uma apatia sem fim.

    Jardins de pedras, sem brilho e sem cor
    Apenas terra nua sem uma vida qualquer
    Frio pedaço de terra, sem nenhum calor.

    Logo este Planeta, mutável como mulher
    Obscurecido, tristonho, morrendo de dor
    Reduzido a receptáculo da morte que vier.

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