Peguei um
passarinho entre meus dedos
Na palma
fechada da minha mão
Por um
momento o infinito
Esteve
aprisionado
Com suas
asas impronunciáveis
Sem conjugar
o verbo voar
Mas foram
somente uns breves momentos
Não se
consegue prender o infinito
Por muito
tempo
Pois somos
nós que acabamos
Seu prisioneiro
O conceito
de liberdade não admite
Modo algum
Nem asas
aprisionadas
Soneto-acróstico
ResponderExcluirÀ Liberdade
Se liberdade há é somente quimera
Onde coabitam homens atrito existe
Beligerância e luta, o que se espera
Raízes de ferrenhas garras em riste.
Estando pois, no infinito aprisionado
Liberdade, apenas sonho de criança
Infindo, teimoso, entretanto limitado
Beira loucura que jamais se alcança.
E aprisionar na mão um passarinho
Retendo seu desejo mágico de voar
Deixa cada vez homem mais sozinho.
Asas portanto aprisionadas num altar
Denota certo comportamento daninho
Em que o homem não voa que se alar.