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quarta-feira, 15 de abril de 2015

POEMAS DE CHUVAS



POEMAS DE CHUVAS


A chuva escreve alguns belos
Versos
Com suas gotas de nuvens
No meu corpo
Alguns são versos respingados
De antigas paixões
E lembranças

São versos que tocam meu ser
E molham a minha alma
De prazer
As pétalas das rosas
As transparências das vidraças
A sombrinha da menina que passa
Dão de beber minha cacimba
Vazia

A chuva que cai
Escreve seus sonetos e haicais
Nos meus ais
Meus olhos choram lembranças
Lágrimas que se misturam
Com as águas
Que se esvai por estes esgotos
Ocidentais
Levando minhas mágoas

A chuva nos seus versos
Não ouvida nenhum pingo nos is
Nem nas cútis das margaridas
Nos telhados
Nas calçadas destas avenidas
É ela quem mata a sede
Desta vida

Às vezes tão ressequida

Um comentário:

  1. Soneto-acróstico
    À chuva

    Porquanto cai esse dilúvio pluvial
    Os pingos lavam mágoas e dores
    Eles não distinguem o bem do mal
    Menos ainda as paixões e amores.

    A chuva cai e nossa vida encharca
    Sem palavras a chuva poemas faz
    Deixa na humanidade uma marca
    E paz pra todo mundo lhe compraz.

    Chuva molhada que é poeta dágua
    Hoje apenas vejo como uma amiga
    Um fenômeno que jamais deságua.

    Vai chuva, sua predisposição siga
    Apenas pois não nos cause mágoa
    Sendo que és poeta a mais antiga.

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