Rio Claro
ficou escuro
As águas
doces cristalinas ficaram turvas
E salinas
Peixinhos dourados
estão pálidos
Olhos esbugalhados
Inchados
As guelras
estufadas buscam bolhas
De ar
No fio de
lama
Balbuciam como
quem clama
Como quem
chama
Alguns jazem
hirtos
O olhar
foram visgados pelo anzol
Sem coração
Pela isca
da ambição
Que deixaram
as águas turvas
Os céus sem
arco-íris sem chuvas
Ressecadas escamas
escamadas
Pelos ventos
Assadas pelo
sol
Dissecadas pelo
tempo
Que deixaram
os rios mortos
De sede
Com suas
gargantas ressecadas
Sem nenhuma
margem de água
E os peixes
defumados pelo chão
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