Seguidores

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Brinquedos sempre vivos


A baladeira deixou as lembranças
Dos pássaros mortos
O pião deixou o giro na palma
Da minha mão
As bolinhas de gude o estalidos
Dos vidros
Os papagaios as cicatrizes do cerol
O sol ardendo nos olhos
Eles quedando na imensidão
O paralisa
Boneco duro
Rouba bandeira
Pira
Pelada
Esconde esconde
Brincadeira que marcaram
E machucaram  minha vida
Como despetalar a margarida
Para ver se ela me quer ou não
Me quer
E o beijo que ela nunca me deu
O primeiro acorde de violão
O primeiro verso de paixão
A luta para fazer o primeiro poema
São lembranças cicatrizadas
No meu coração
Que ainda sangram

E que sonham no meu sono.

2 comentários:

  1. Soneto-acróstico
    Ao Natal

    Outros tempos outros natais também
    Brinquedos que outrora foram vivos
    Risos, pândegas e aquele vai-e-vem
    Inda que pra isso não faltava motivo.

    Naquela data verazes éramos todos
    Quando até inocência era premiada
    Uma época particular, isenta de lodo
    Encanto que transformou em nada.

    Depois, na maturidade, resta o quê?
    Onde se escondeu aquela criança?
    Vemos tudo mas a criança não se vê.

    Indago triste quase sem esperança
    Virão outros natais para e para você?
    Ou a festa virou apenas lembrança.

    ResponderExcluir
  2. Quando a gente volta nesse tempo de tantas lembranças somos de novo aquela criança. Revivemos cada um desses momentos como se fosse o agora. Sensação tão boa!! Feliz ano novo poeta. Abraços!!

    ResponderExcluir