A baladeira
deixou as lembranças
Dos pássaros
mortos
O pião
deixou o giro na palma
Da minha mão
As bolinhas
de gude o estalidos
Dos vidros
Os papagaios
as cicatrizes do cerol
O sol
ardendo nos olhos
Eles quedando
na imensidão
O paralisa
Boneco duro
Rouba bandeira
Pira
Pelada
Esconde esconde
Brincadeira
que marcaram
E machucaram minha vida
Como despetalar
a margarida
Para ver se
ela me quer ou não
Me quer
E o beijo
que ela nunca me deu
O primeiro
acorde de violão
O primeiro
verso de paixão
A luta para
fazer o primeiro poema
São lembranças
cicatrizadas
No meu coração
Que ainda
sangram
E que
sonham no meu sono.
Soneto-acróstico
ResponderExcluirAo Natal
Outros tempos outros natais também
Brinquedos que outrora foram vivos
Risos, pândegas e aquele vai-e-vem
Inda que pra isso não faltava motivo.
Naquela data verazes éramos todos
Quando até inocência era premiada
Uma época particular, isenta de lodo
Encanto que transformou em nada.
Depois, na maturidade, resta o quê?
Onde se escondeu aquela criança?
Vemos tudo mas a criança não se vê.
Indago triste quase sem esperança
Virão outros natais para e para você?
Ou a festa virou apenas lembrança.
Quando a gente volta nesse tempo de tantas lembranças somos de novo aquela criança. Revivemos cada um desses momentos como se fosse o agora. Sensação tão boa!! Feliz ano novo poeta. Abraços!!
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