Seguidores

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Dialética do Tempo


Pouco me importa as rugas
Que o tempo vem desenhando
No meu rosto
Talhando no meu corpo
Esculpindo no meu ser

As dores que ele vem infiltrando
Nas minhas articulações
As sombras que vem confundido
E apagando meu olhar
Tirando as luzes das estrelas
E do luar

A canção dos pássaros e das cigarras
Dos meus ouvidos
Arrancando o amor do meu coração
Perturbando sua pulsação
E me aproximando da morte

Minha alma respira calmamente
O conceito de eternidade
E liberdade
E meu menino continua procurando
Seu velocípede
Que deixei estacionando no bosque
De flamboyant
Sob os cantos dos rouxinóis
E dos encantados sabiás


                         Luiz Alfredo - poeta






3 comentários:

  1. O tempo

    Pouca importância ao poeta tem
    Os danos que o tempo lhe causa
    Porque sabe que estes lhe advem
    Sem que haja um minuto de pausa.

    Mesmo tantas rugas no seu rosto
    Nunca lhe deixam amedrontado
    Porque experiência é, isso posto
    Deixa muitas incertezas de lado

    Pois vai ele poetando pela estrada
    Com as estrelas cadentes falando
    Sem que tempo lhe conceda nada.

    Mesmo seu olhar quase apagando
    Sua inspiração nunca fica calada
    E o poeta parece criança brincando.

    ResponderExcluir
  2. Templando

    O tempo é impiedoso meu amigo
    E não espere dele contemplação
    Tampouco o trate como um perigo
    Pois depende dele sua redenção.

    Porque tempo não favorece tédio
    Todo dia é exatamente novo dia
    Para envelhecer não há remédio,
    E para fim da vida não há alforria.

    Porém sofrimento você que o faz
    Pois o tempo somente te ignora,
    E você viverá quanto o for capaz.

    Para morte ele marca dia e hora
    E desde sempre para o fim te traz
    Então agradeça se não for agora.

    ResponderExcluir
  3. Belos sonetos que falam sobre
    o mestre tempo poeta

    ResponderExcluir