Seguidores

segunda-feira, 2 de junho de 2014

...

O luar ficou perplexo
Quando me beijas-te com teus lábios
De mel e caramelo
Quando abristes o interruptor
Do teu olhar
E me olhaste dentro dos meus olhos
Amorosamente
Com as pupilas faiscando
Vaga-lumes

As estrelas no céu silenciaram
Seus lumes
Os grilos ficaram atônicos
Lacônicos naquela noite enluarada
O mar escreveu um poema
Nas areias
Com suas brancas escumas

Um beija-flor que dormia
Agarrado nas pétalas da sua amada
Flor
Abriu os olhos meio sonolentos
E murmurou

Um oscula assim acordo eu
O japim
O rouxinol
Deixa insones os girassóis
E toda a via-láctea
Atormenta as tormentas
E as gaivotas dos atóis

             Luiz Alfredo - poeta


Nenhum comentário:

Postar um comentário