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quarta-feira, 23 de outubro de 2013




Vestígios de uma penumbra
Tênue vermelha
Que espelha aromas de framboesas
Fragmentos de batom
Filamentos de uma quase opaca
Luz de abajur
Versos numa gaveta semi-aberta
De um azul turquesa
Morangos estragados
Pedaços que foram mordidos
Mastigados
Taças quebradas
Lapsos de vinho tinto
Derramados
Cápsulas pílulas drágeas
Maços vazios amassados
Um vinil de fado
Pétalas de papoulas machucadas
Um laço desfeito encarnado
Pedaços de um livro de poesia
Cordas quebradas de uma viola
De Andaluzia

O espelho trincado
Reflete as ilusões do passado
Que não podem mais ser
Conjugado no presente
Nem refletido no olhar
Nem delineado de frente
Nem nas lentes dos óculos
Nem nas distorções do espelho

Um vaso afoga um buque
De flores
Hastes pendidas
Um invólucro de chocolate
Reminiscências das mordidas
Mostrando a grande paixão
Antes da despedida
Daquela abrupta partida
O vento dialoga todo o tempo
Com aquelas porta entre – aberta
E as lembranças que ficaram
Lá dentro...


             Luiz Alfredo - poeta



3 comentários:

  1. professor, eu acabei de mandar um e-mail importante. aguardo a sua resposta.

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  2. Poema feito para serie Carambolas
    um tema poético que desenvolvi
    que envolve o ser abandonado pela amada
    e sozinho diante desta galáxia
    neste Universo: repletos de metafísicas

    Luiz Alfredo - poeta

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