Era o tempo
de pura magia
As flores
conversavam comigo
Como se
fossemos amigos
Davam-me
suas pétalas coloridas
De belas
alucinações
E viajava
nas sonatas dos zumbidos
Dos
besouros
Nas
cantigas das papoulas ao vento
Nas canções
dos banzeiros
E temporais
Tempo – que
tempos
Tempo em
que a lua e as estrelas
Eram meus
calendários
A nereida
do igarapé esverdeado
Repleto de
flores impressionistas
Dedilhava
sua canção nas suas longas
Melenas
As
orquídeas colibris e a borboleta
Azul
Ensinavam-me
seus idiomas repletos
De
vocábulos eternos
Era um
tempo em que deixei de olhar
A linda
menina dançar sua quadrilha
Para deslumbrar
o céu azul
E os
pássaros tecerem suas canções
Ensolaradas
Praticamente
perdi meu primeiro
Amor
Mas ganhei
meu primeiro verso
De Cordel
E ganhei os
céus naquele papagaio
De papel
Pena que o
rio e o tempo correm
E me
levaram para as metafísicas
E
metonímias do ocidente
Onde a Panair a coca & cola e
A Maria
Fumaça
Mudaram meu
horizonte...
Luiz Alfredo – poeta.
Meu querido Poeta
ResponderExcluirO tempo corre veloz como o vento e por vezes ficamos apenas com esse mesmo tempo.
Como sempre é um prazer imenso ler-te.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
o horizonte pode mudar, mas o rio e o tempo permanecem em você e na sua enorme capacidade de poetar.
ResponderExcluirum beijo
;)