Seguidores

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Morada de Deus



Meu olhar contemplava aqueles montes
Com seu crepúsculo deslumbrado de cores
E aquela igrejinha pintada de cal
No vértice do horizonte
Solitária no cálice da imensidão

Seu sino badalava uma canção
Silenciosa
Seu hino entoava uma pura solidão
As negras andorinhas eram uma procissão
Naquela tarde quente de verão

Minha razão não entendia
Como Deus cabia
Naquela pequena igrejinha
Construída pelo tempo
Desgastada pelas tempestades
E pelos uivos do vento

Mas meus versos foram se tornando
Minha oração
E percebi que se Deus cabia
No meu triste coração
E nos versos da minha pobre
Poesia
Na minha ocidental razão
Bem podia caber
No interior daquela igrejinha.

                  

                               Luiz Alfredo - poeta

Um comentário: