Seguidores

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Viaduto do Cocó



      Viaduto do Cocó



Aquele viaduto parece que é dependurado
No céu
Contorcido no ângulo do papel
Mas quem segura não é a viga
De cimento armado
Nem o concreto calculado
Na equação que o liga


São as almas das árvores mortas
São as lágrimas do rio sem pálpebras
As sombras que ficaram órfãs
Os pássaros que migraram
Sem destino
Os olhos assombrados dos peixes


              Luiz Alfredo - poeta


3 comentários:

  1. esse poema é pra ler e fica calado rsrs... poeta adoro ler sua autobiografia...bju até

    ResponderExcluir
  2. É emocionante quando passo lá
    Os olhos lacrimejam
    Pensando no gás
    Pensando nas balas
    Pensando nos mortos
    Mortos animais,Mortos árvores
    Mortos Policiais...

    ResponderExcluir
  3. Entevista muito boa de Clóvis de Barros: http://www.youtube.com/watch?v=YkTDjMwNIOo

    ResponderExcluir