Pássaro que
sustenta o céu azul
Nas suas
asas
Que risca
os hemisférios
Com seu
bico pontiagudo agudo
Pontudo
Amolado nas
tempestades
E nas
frestas do olhar
Da
eternidade
Que faz seu
ninho
Com
fragmentos dos meteoros
E as
estações
Com as
canções que ele deixar
Cair
Atravessando
o oceano
De ondas
bravias
Mas deixa
as rotas
Para que as
andorinhas façam
Seu verão
A cotovia
sua canção de amanhecer
E os corvos
comam seus milhos
Antes dos
espantalhos abrirem
Seus olhos
E os
latifundiários fazerem
Suas
colheitas
Este
pássaro que semeia as nuvens
Brancas
Que foram
roubadas pelos coronéis
Para molhar
os cactos do sertão
E encher os
rios secos
Mortos de
sede
Ele é o
acorde da viola sertaneja
As rimas
dos versos de cordel
O baixo
canoro de um acordeão
Puxando o
fole de um baião...
Luiz Alfredo - poeta
E que ele viva e sobreviva sempre e seja azul até morrer... Abraços!!!
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