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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A morte as vezes confunde o poema


Não somente eu sentirei
Saudades
Mas as flores
As folhas soltas ao vento
Os besouros negros como os olhos
De jabuticaba dela
As aves da ribalta
Os moinhos e os cata-ventos
A flauta das árvores que doma os ventos
As framboesas selvagens
As taxinhas perdidas na gaveta
Aquele rio do pantanal de nascente
Controvertidas

Poeta que descascava as metafísicas
E as metonímias
Como quem descasca um tucumã

Numa linda manhã violeta

Um comentário:

  1. Soneto-acróstico
    O poeta pantaneiro

    Maior poeta do chamado pantanal
    Arranjos para assobio, uma obra
    Não mentiu só disse verdade banal
    Ouviu na natureza aves e cobras.

    Ele foi das águas um guardador
    Lidou com cantigas de passarinho
    Deixou legado único, um primor
    Então se foi, tomou outro caminho.

    Basta um Manoel Barros somente
    Assim todo lirismo completo fica
    Resta-nos tê-lo em nós presente.

    Rio de palavras que nunca critica
    Onde lemos o que Barros sente
    Sintamos poetar que ele pratica.

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