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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O Vendaval do Tempo

O tempo arranhou nossos
Rostos
E nossos corações
Acabamos esquecendo um
Do outro
E os nossos poemas de antigamente

Passamos a cultivar outras planícies
A nos banhar em outros rios
A amar outros amores
A contemplar outros arrebóis

O que o tempo não fez
Foi apagar algumas fotografias
Em preto e branco
Aquele verso da parede
Nem o vermelho da tatuagem
E o nome do teu camaleão

Embranqueceu teus cabelos
Mas não assanhou as tempestades
E colocou as palavras em carne
Viva
Num pretérito ressentido
O tempo mudou muitas coisas
De lugar
Ficaram alguns nomes de ruas
E o teu romance

Que você nunca terminou

4 comentários:

  1. Acróstico

    O tempo rostos e corpos ele arranha
    Vento que apaga até as fotografias
    Enquanto quem recorda nada ganha
    Nele está a ruína de velhas poesias.

    Deixa sinal indelével em nossas cãs
    Avança amoque para incerto futuro
    Vive ligando os hojes aos amanhãs
    A contemplar as inscrições no muro.

    Logo o pretérito, o futuro e o presente
    Dançam ao rítimo do tempo imperioso
    Ou se rende a ele ou seu peso sente
    Tanto é esse tempo um ente teimoso.

    E tudo que existe um dia acaba enfim
    Menos o tempo que a existir continua
    Pessoas e coisas vão para sempre sim
    Onde a vida existia a terra acaba nua.

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  2. mui belo poeta - mui belo
    um outro verso do mesmo verso

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  3. Bom dia, Luiz.
    O tempo não apaga tudo. algumas coisas, ele até reforça.
    Belíssima postagem!

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  4. Saudade de te ler poeta.vou ficar aqui um tempinho bebendo da sua poesia. Abraço!!

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