Como
artistas nós procuramos nos diversificar
Artisticamente
Tentamos ser
locutor
Jornalistas
Até pintor
Aprendemos a
tocar um instrumento
Ou mais
Até assobiar
Mas no meu
caso minha arte
São estas
meras poesias
Elas são o
meu viver
Mesmo ultrapassadas
Ou em vão
É a poeta (sia)
que dá esperança
A palavra
A eleva além
dos próprios
Signos e sintagmas
Mergulha na
mais profunda
Metafísica
Extrai dela
suas metonímias
E máscaras
Às vezes a
deixa
Em crua e
nua
Elas são o
meu barro
E o meu céu
São elas
que fotografam
As borboletas
Em pleno
cio
Na dialética
metamorfose da lagarta
São minhas
doces meras
Poesias
Assinada por
um pobre poeta
Tão pobre
Que não
pode pagar o valor
Da palavra
O mineral
nobre
É lava do
meu vulcão
Às vezes
Deixa marcas
cicatrizes feridas
Feitas com
as pontas dos meus versos
Eu estou
escrevendo pro meu amigo
De Capela
Estes versos
que tirei da lapela
Da lírica
algibeira
Eu sou da
beira do rio
Um pássaro
triste refletindo
Os amores
conturbados deste mundo
Eu sou o
bardo
Do bando
dos anarquistas marginais
Intergaláctico
Estrelar
Lunático
Que fica
bordando a noite
Com vaga-lumes
Um lume
inesperado
Um verso
inacabado
Tua poesia vem da alma, e por isso, jamais morrerá.
ResponderExcluirAo poeta
ResponderExcluirO poeta ouve rumoroso murmúrio
E lhe ocorre que pode ser augúrio
Porque vozes confusas parecem
Como se do além túmulo viessem
Pois é ruído totalmente estranho
Antevendo atrevimento tamanho
Crescente e atingindo seu ouvido
Num tom bem alto, desconhecido
De pronto o mistério se esclarece
Pedidos de misericórdia e perdão
Que sobem aos céus como prece
Implorando humilde sua redenção
Portanto seu coração se aquece
E o poeta lhes concede sua unção.