O tempo
arranhou nossos
Rostos
E nossos
corações
Acabamos
esquecendo um
Do outro
E os nossos
poemas de antigamente
Passamos a
cultivar outras planícies
A nos
banhar em outros rios
A amar
outros amores
A
contemplar outros arrebóis
O que o
tempo não fez
Foi apagar
algumas fotografias
Em preto e
branco
Aquele
verso da parede
Nem o
vermelho da tatuagem
E o nome do
teu camaleão
Embranqueceu
teus cabelos
Mas não
assanhou as tempestades
E colocou
as palavras em carne
Viva
Num
pretérito ressentido
O tempo
mudou muitas coisas
De lugar
Ficaram
alguns nomes de ruas
E o teu
romance
Que você
nunca terminou
Acróstico
ResponderExcluirO tempo rostos e corpos ele arranha
Vento que apaga até as fotografias
Enquanto quem recorda nada ganha
Nele está a ruína de velhas poesias.
Deixa sinal indelével em nossas cãs
Avança amoque para incerto futuro
Vive ligando os hojes aos amanhãs
A contemplar as inscrições no muro.
Logo o pretérito, o futuro e o presente
Dançam ao rítimo do tempo imperioso
Ou se rende a ele ou seu peso sente
Tanto é esse tempo um ente teimoso.
E tudo que existe um dia acaba enfim
Menos o tempo que a existir continua
Pessoas e coisas vão para sempre sim
Onde a vida existia a terra acaba nua.
mui belo poeta - mui belo
ResponderExcluirum outro verso do mesmo verso
Bom dia, Luiz.
ResponderExcluirO tempo não apaga tudo. algumas coisas, ele até reforça.
Belíssima postagem!
Saudade de te ler poeta.vou ficar aqui um tempinho bebendo da sua poesia. Abraço!!
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