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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Lumes Difusos



Oh! Noite me diga na sua profunda
Escuridão
Pois sou um homem de meia
Idade
Com algumas pedras na visão
E meus óculos estão arranhados
Pela vida

Estes pontos brilhantes na imensidão
São vaga-lumes
Ou galáxias

E quem são estas mariposas
Que vem nas noites enluaradas
Beber as chamas azuis
Da minha lamparina
Fazendo sombras nas rimas
Dos meus pobres sonetos

Por que minha vida se passa
Nesta taberna
Sobre esta mesa rústica
Uma lapiseira bebendo versos
Num tinteiro
Uma cigarreira de prata amassada
Que guarda meus sentimentos
Uma janela molhada de neblina
Por onde escuto os grilos
Intermitentes
E procuro dialogar com as estrelas


                          Luiz Alfredo - poeta


Um comentário:

  1. Lucidez

    A noite, em geral silenciosa, fala
    Sua visão do mundo não é escura
    E descreve o que vê, depois cala
    Mas tudo que diz é uma aventura.

    Lembra ao homem de meia idade
    O qual com seus óculos brilhantes
    Vê pontos que luzem na imensidade
    São vaga-lumes voando distantes.

    Porém se na janela existe neblina
    E usas óculos assaz arranhados
    Lembre-se que é apenas tua sina
    Enxergar á frente e não aos lados.

    Meu amigo, a sol que te ilumina
    É que pela natureza nos foi dado.

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