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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Uma só Andorinha Faz-se um Verso



Um dia tive a coragem de juntar
Palavras
E fiz um verso
Mesmo tendo errado a escrita
De uma delas
E apagado com uma borracha
A letra de outra
Guardei no meu bolso
E no meu coração

O diabo é que vivia balbuciando
Este verso
Que acabou virando
Uma canção
Depois grafitei num papelão
Que encontrei pelo chão
Mesmo não sendo poeta
Fiz daquele verso
Minha primeira poesia

Mesmo inacabada digamos
Assim
Virei um passarim
Com este versim
Tão pequeninim

Andorinha aproximas-te-me do verão...


                              
                                Luiz Alfredo - poeta

4 comentários:

  1. E o verso mais pequeninin ganhou asas e voou bem alto, junto com as andorinhas e os outros passarinhos.
    belo, Luiz alfredo!!!

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  2. Muito bom, poeta Luiz! Um abração daqui do sul do Brasil. Tenhas uma boa tarde.

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  3. Revoada

    Muitas andorinhas durante o verão
    Voando em bandos alegres, lindas
    Estas, quase sempre todos as verão
    Para tanto sua energia nunca finda.

    Mas quando andorinha só, desponta
    Nos pode causar um desassossego
    Porquanto neste caso ela só conta
    Como se fosse um solitário morcego.

    Voa andorinha anunciando estação
    Voa sozinha. As outras onde estão?
    Se é para ser assim, então que seja

    Mais vale muitos pássaros em união
    Que um mero pássaro em nossa mão.
    Porque é assim que a natureza deseja.

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  4. Para felicidades de seus leitores... Grande abraço poeta. Bom demais passar por aqui.

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