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domingo, 13 de abril de 2014

Suru(f)bim






No plaino de águas turvas
Peixes óbitos bóiam
Plantas aquáticas são leitos
Da era da irracionalidade

Luzes da cidade refletem
Na córnea opaca
Num macabro banzeiro
Signo sem vida
Tez ferida
Vida arrefecida

Epigrafe na lápide liquida
Aqui jaz
Holocausto de cardumes
Arraias sem vôos
Mandis surubins tracajás
Poraquês sem filamentos
Assaz
Nos barrancos da minha aldeia



                   Luiz Alfredo - poeta

Um comentário:

  1. O descaso com a natureza é grande. O teu poema é o retrato de um futuro (que já começou faz tempo). Assustador!!

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