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sábado, 23 de janeiro de 2016

Menino não brinca com balas


Não brinque de guerra
Menino
Isto pode um dia se tornar
Real

Brinque de boneca menina
Esta veio da vitrine
Do sofrimento do trabalhador

Um dia
Não vai ser de brincadeira
Ela vai chorar de verdade
E sugar mamadeira
A brincadeira dura um dia
A verdade a vida inteira

Não brinque de matar pássaros
Com baladeiras
Seus cantos um dia podem fazer
Falta
Para você
E para o amanhecer

Brinque de pião
Empinar papagaios
Boneco duro
De cavalo de pau
Brinque com os ventos
Do milharal

Brinque de desenhar
Cogumelos flores borboletas
Numa folha de papel
A declamar poemas de cordel
A rimar japim com passarim
Balido de ovelha
Com mel de abelha



2 comentários:

  1. Soneto-acróstico
    Às crianças

    Brinquem crianças, nesta vida sincera
    Rica em estranheza, óbice e desafio
    Isto vai qualquer dia se tornar a vera
    Nada que faça do seu viver um vazio.

    Cada brincadeira reflete o que espera
    Anos à frente quando pode haver estio
    Nadando de braçadas na tua quimera
    Deixando lamúria para trás, com brio.

    O dia de amanhã ninguém o conhece
    Assim quando ele vier estejam certas
    Vai ser aquilo que teu tempo oferece.

    E certamente portas e janelas abertas
    Resultado certo do que hoje acontece
    Apenas produto de suas descobertas.

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  2. Belo soneto que enriquece
    meu poema
    a ainda traz mais dilemas
    a este tema

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