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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Vela em Chamas




Este vento quente que sopra
Meu semblante
Faz singrar a vela e
Seu almirante
Que cheio de esperança
Destrança a trança de cabos
E alça vôo
Recolhendo ancoras e deixando
Alguns pretéritos
Algum amor no cais
Entreabre um espumante
Numa concha ou
Numa taça de cristal derramam
Gotas de cristais

A nave jaz
Seguindo o roteiro como um albatroz
Veloz vai
Assaz
Como uma gaivota que se desligou
Do bando
E debandou
Agora não come somente sardinhas
Mas pedaços de estrelas
E tanto azul do céu


Um comentário:

  1. Soneto-acróstico
    À nave que vai

    Se aquele é vento soprando quente
    Infenso à calmaria da desesperança
    Navega o barco no mar inclemente
    Ganhando ares enquanto destrança.

    Recolhe sua âncora no mar assente
    Algum pretérito no cais que se lança
    Nas velas em chamas então somente
    Debanda viagem numa maré mansa.

    O que faz a gaivota sem o seu bando
    Mesmo que sardinhas não coma mais
    A nave vai veloz, contudo até quando?

    Receio que apenas em outros arraiais
    Esse barco continue assim navegando
    Seja Almirante igual entre seus iguais.

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