Na solidão
de uma longínqua
Lavoura
Latifúndio
demarcado por arames
Farpados
Que quase
tocam no céu azul
Uma lagarta
devora voraz
As folhas
de uma plantação
Grávida de
espigas douradas
Que as
retinas não conseguem
Vislumbrar
o fim
E vai
desenhando no esqueleto
Desnudo das
folhas
Sem
clorofilas
Sem almas
Sem vísceras
O plano de
voo
Da
borboleta azul
Luiz Alfredo – poeta
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