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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Devir de uma lepidóptera




Na solidão de uma longínqua
Lavoura
Latifúndio demarcado por arames
Farpados
Que quase tocam no céu azul

Uma lagarta devora voraz
As folhas de uma plantação
Grávida de espigas douradas
Que as retinas não conseguem
Vislumbrar o fim

E vai desenhando no esqueleto
Desnudo das folhas
Sem clorofilas
Sem almas
Sem vísceras
O plano de voo
Da borboleta azul


                Luiz Alfredo – poeta


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