Seguidores

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

....

eu bebo na cuia tupi
algumas palavras
engulo um larva
e vomito uma borboleta
o céu azul
as nuvens brancas
e um soneto de Espanca
e o bramido e a maresia
de verde mar de Alencar
as velas do Mucuripe acendem o sol
alçam seu lençol
e vão pescar
depois voltam cherios
de sonhos

2 comentários:

  1. A vate que sonha

    Na cuia tupi, as palavras o vate bebe,
    algumas se tornam poemas bem verazes;
    engole larvas, o seu jeito de ser plebe,
    vomita borboletas líricas, fugazes.

    O céu cerúleo do seu jeito ele o desanca,
    coloca nuvens brancas onde não havia;
    e completa com um soneto de Espanca,
    ao rompante do bramido da maresia.

    Faz homenagem ao verde mar de Alencar,
    quando acendem o sol velas do Mucuripe,
    as quais alçam um lençol ao seu patamar.

    Não há sonho que o poeta não participe,
    de rmaneira que, versejando vai pescar,
    os tais sonhos que são verdadeiro acepipe.

    ResponderExcluir
  2. Belo poema, meu caro L Alfredo. Após ler o soneto do nosso amigo poeta Jair não resta nada mais senão aplaudi-lo de pé. Abração aos dois. Tenhas um ótimo fim de semana.

    ResponderExcluir