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quinta-feira, 21 de julho de 2016

Pétalas Efêmeras





Este verso perverso
Nascido do reverso de uma paixão
Agora é pura solidão
Neste imenso universo

Outrora no parque de diversão
Sorvete de morando
Maçã do amor
A rosa vermelha à mão
O batom dos lábios dela
Derretendo o coração

Roda a vida
Roda gigante
Roda a cabala da vida
Levando nossos sonhos
A margarida nas melenas esvoaçante
Dela
E por um instante pensei que o amor
Existia

Mas o sorvete de morango acabou
A rosa perdeu suas pétalas
Nem pode mais chorar seus orvalhos
Nem quero ler o que escreveu
No seu diário
Nem seu último poema
A roda gigante
Chegou ao fim
Esta quase eterna paixão
Que durou como a maçã do amor
Como a morna tarde de verão
Com seu bando de andorinhas
Suas intermitentes cigarras

Agora é noite
Mas o luar está mui belo
E vai apagando as lembranças
E eu vou queimando na lamparina
O poema que fiz pra ela





Um comentário:

  1. Acróstico

    Partículas dessa paixão dispersa
    É que trazem um rimar converso
    Tanto quanto uma boa conversa
    Através do seu próprio universo
    Longe de parecer assim dispersa
    Alimenta talvez mais novo verso
    Sob seu talento que você o terça.

    E vai apagando suas lembranças
    Feliz roda vida de tantos sonhos
    Êxtase que no meio duma dança
    Melou teu sorvete assim bisonho
    Então, a maçã do amor se lança
    Rindo, do que um dia foi risonho
    Apenas você já não mais alcança
    Só resta este sofrer tão medonho.


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