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sábado, 30 de julho de 2016

orvalho



O orvalho deslizar na pétala da rosa
Lentamente levado pela maresia
O congelei nos versos desta poesia
Mas ele esvai deixando a rosa formosa

Deixai esta mística beleza sem tosa
Os cantares do rouxinol da cotovia
O canto do bem-te-vi que deflora o dia
A brisa que amanhece tão vaporosa

O orvalho liquefaz na pele sedosa
Mas o sentimento do amor mui reluzia
São gotas de uma tempestade poderosa

Que nenhum raio caloroso desfazia
Pode ser uma louca paixão desastrosa
Tal  o Lorde Byron delirando fazia





Um comentário:

  1. A rosa e o orvalho

    E, por breve momento, o orvalho cintila
    Na ponta da pétala meio desequilibrado
    Então no exato átimo sua vontade oscila
    Entre brilho efêmero e cair no gramado.

    A rosa fascinada, mesmo que tranquila
    Àquele broche tão logo foi dispensado
    Substitui pelo que o segue naquela fila
    Que para brilho também é vocacionado.

    Mas, há paixão entre a rosa e orvalho
    Entre o brilho da gota e o colorido dela
    Infelizmente, entre eles não há atalho.

    Porque a rosa coquete não é Cinderela
    Permanece estática no seu sólido galho
    Enquanto o orvalho no chão se estatela.

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