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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Uma Dose Apenas



O absinto era para apagar
As lembranças
Aquela tarde azul
O crepúsculo do teu olhar
A canção do mar
Os gritos das gaivotas

Mas fez foi revelar tudo
No seu toner
Ainda trouxe a tona
Aqueles versos finais
Do Neruda
E o soneto do Vinicius
De Moraes

Oh! Alma do agave
Deixou grave este meu pobre
Coração
Oh! Era pra ser só uma tequila
Tranqüila com sal e limão
Contudo
Não esta doce revelação
Com data e tudo

E pedaços da canção

2 comentários:

  1. Soneto-acróstico

    Vejo as almas de paixão tão sofrida
    E esse tempo que lentamente escoa
    Reluzindo na marquise sem medida
    Sei que neste caso a esperança voa.

    O absinto deve apagar a lembrança
    Do crepúsculo desse teu vago olhar
    E um grito da gaivota aos ares lança
    Súplica ao céu, à terra e até ao mar.

    Mas aqueles versos finais de Neruda
    E soneto letal de Vinicius de Moraes
    Deixando no ar certo deus nos acuda

    Ignoro a tranquila tequila e tudo mais
    Dou a mão a revelação que me iluda
    O que quero é descansar nos areais.

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  2. O absinto desperta os sentidos de repente.
    Lindos versos!

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