Seguidores

sexta-feira, 3 de outubro de 2014



                          Ao poeta Mário Gomes




Vaga
       vago
              andarilho
O poeta
              maltrapilho
Caminha
              divaga
Traga as gotículas de luz
Do sol
Os raios translúcidos
Do luar
Escreve sua saga
Nas ruas de Fortaleza

A vida que passa
Na praça
Nas vitrines
Nas vidraças

Escreve seus poemas
Com o cristalino do olhar
Com a grafite do seu coração
Com a canção dos pássaros
Com pedaços da chuva
Com as flores do flamboyant
Pelos boulevard de antigas
Jabuticabas
E framboesas

Tempo em que meninas
Passeavam com suas sombrinhas
De joaninhas
E meninos passeavam de velocípedes
E os poetas tinham um cravo branco
Na lapela do fato

Agora é o tempo de versos sombrios
E o poeta de fato
Esta numa mesa tecendo um verso
Que verso! Fotografado...



Um comentário:

  1. Poesia de uma noite suja

    A poesia jamais atenta para quem
    Se miserável ou ricaço não importa
    Porquanto quando inspiração vem
    Surge diretamente naquela porta.

    Mário Gomes passeia seus versos
    Então através deles diz a que veio
    Seu alumbramento é um universo
    De rimar um versejar rico e cheio.

    Tece estrofes na fímbria do asfalto
    Como que com a vida em sintonia
    E enxerga esse mundo lá do alto
    Derramando rimas como se queria.

    E seus ricos poemas de contralto
    São o supra sumo da alta poesia.

    ResponderExcluir