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domingo, 26 de outubro de 2014

Panfletos ao Vento


Nessa época os cordéis são esquecidos
As ruas ficam cheias de panfletos
Nas aléias
Nos boulevards
Nos paralelepípedos
Nos esgotos entupidos
Aos ventos
Aos relentos
Nas maresias

Os cantadores vendem seus versos
Para as ideologias
Os menestréis cantam suas melodias
Doces harmonias
Para as eternas tiranias
Que prometem suas doces utopias
Um céu azulado
Repleta de balões coloridos
Uma tarde crepuscular avermelhada
Uma linda festa com tuba tubalina
E muita purpurina



Um comentário:

  1. Soneto-acróstico bem a calhar

    Desce às avenidas, saiu do palanque
    Em busca do tal votante desprevenido
    Move-se atabalhoado qual um tanque
    Através da bulha sem algum sentido.

    Gravoso, verdadeira maravilha se diz
    Ousado, muito honesto e um gigante
    Gosta de crianças e de mãe de miss
    Imagem de pureza, homem elegante.

    Assim caminha nossa justa eleição
    É um exemplo maior de democracia
    Imêmore como todos os pleitos são.

    Salve essa comédia sabendo à porfia
    Seu legado será: elegemos um poltrão
    Ou uma poltrã, se me permite a razia.

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