Emaranhados
estão os teus olhos
Por tantos
vislumbres enluarados
Tantos
crepúsculos contemplados
Por tantos
amores apaixonados
Trens
partidos
Metáforas
de quânticos sentidos
Sonetos
inacabados
Versos
interrompidos pela falta
De tinta
Na ponta da
pena
Na fita da
máquina de datilografia
Um acorde
silenciado
Momentos
que deixastes de ser bardo
Para
acender a lamparina
E dar
comida ao gato
Lavar um
prato
Coar um
café
O poema
pela metade
Grafites
quebradas
Filetes de luzes
do sol
As nuvens
turbulentas
Mas ele
continua a brilhar
Escrevendo
seus arco-íris
Com suas
cores no arrebol
Nas
gotículas liquefeitas
De H²O
O silencio
que canta no bico
Do rouxinol
O copo de
água pelo meio
As palavras
de per meios
A xícara de
chá fumegando
O cachimbo
de flores sonolentas
A via -
Láctea com seus belos
Seios
O unicórnio
sem arreios
Voando
pelos céus em plena
Liberdade...
Luiz
Alfredo - poeta
Meu querido Poeta
ResponderExcluirMais uma viagem dos sentidos pela intensidade das tuas palavras. maravilhoso sempre.
Beijinho com saudades
Sonhadora
Limerique
ResponderExcluirSomente o poeta me entende
Quando a lamparina ele acende
Se sonetos há no meio
Ele percebe a que veio
Porquanto sua alma ascende.
Lindo demais, Luis. Queria partir em voo com esse unicórnio.
ResponderExcluirA poesia é assim, 'scattered' no meio das coisas, da vida, da rotina.
Tenha uma linda semana!