Seguidores

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Retinas Deslumbradas.





Emaranhados estão os teus olhos
Por tantos vislumbres enluarados
Tantos crepúsculos contemplados
Por tantos amores apaixonados
Trens partidos

Metáforas de quânticos sentidos
Sonetos inacabados
Versos interrompidos pela falta
De tinta
Na ponta da pena
Na fita da máquina de datilografia
Um acorde silenciado

Momentos que deixastes de ser bardo
Para acender a lamparina
E dar comida ao gato
Lavar um prato
Coar um café

O poema pela metade
Grafites quebradas
Filetes de luzes do sol
As nuvens turbulentas
Mas ele continua a brilhar
Escrevendo seus arco-íris
Com suas cores no arrebol
Nas gotículas liquefeitas
De H²O

O silencio que canta no bico
Do rouxinol
O copo de água pelo meio
As palavras de per meios
A xícara de chá fumegando
O cachimbo de flores sonolentas
A via - Láctea com seus belos
Seios

O unicórnio sem arreios
Voando pelos céus em plena
Liberdade...


                     Luiz Alfredo - poeta


3 comentários:

  1. Meu querido Poeta

    Mais uma viagem dos sentidos pela intensidade das tuas palavras. maravilhoso sempre.

    Beijinho com saudades
    Sonhadora

    ResponderExcluir
  2. Limerique

    Somente o poeta me entende
    Quando a lamparina ele acende
    Se sonetos há no meio
    Ele percebe a que veio
    Porquanto sua alma ascende.

    ResponderExcluir
  3. Lindo demais, Luis. Queria partir em voo com esse unicórnio.
    A poesia é assim, 'scattered' no meio das coisas, da vida, da rotina.
    Tenha uma linda semana!

    ResponderExcluir