O meu
problema de envelhecer
Não foi o
enrugamento da pele
Nem a queda
dos cabelos
Nem as
retinas cansadas
O coração
machucado pelas paixões
Pelos
lipídios
É o menino
que nunca foi embora
E continua
jogando pião
Dentro de
mim
Na palma da
mão
Brincando
com as bolas de gudes
Coloridas
pelo arco-íris
Empinado
papagaios de papel crepom
Manchado
Fazendo
aqueles acordes quadrados
No violão
todo arranhado pela vida
E
apaixonado pelos poemas
Ultra –
românticos
Não mata
mais passarinhos
Nem
aprisiona os pobres preás
Mas
permanece ali
Como se a
vida fosse um calendário
Que não se
desfolha
Um verbo
sem pretéritos conjugados
O tempo na
velocidade da luz
Um flamenco
andaluz
Aquele
blues na janela verde...
Luiz Alfredo - poeta
Belíssimo, Luiz. Parabens!
ResponderExcluirUm abraço.
o menino que ainda existe no coração do poeta, que é você
ResponderExcluirbeijo