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sábado, 29 de agosto de 2015

O Milagre do Amor


Era uma tarde muito quente
Você tomava um sorvete de amora
Nosso papo quase não demora
Você foi logo embora
Imaginei que nunca mais iríamos
Encontrar-nos
Que seriamos átomos viajando
Separados para sempre neste universo
Sem fim
Até guardei na memória lembranças
Dos teus enigmáticos olhos
Batom de cereja
Um guardanapo amassado
Que você deixou cair
Mas você voltou
E nunca mais saiu da minha vida
Nunca mais duvidei de Deus
Hoje dividimos a xícara de café
E bebemos o amanhecer
Os cantos dos pássaros
A barra de chocolate
E nos impregnamos de tangerina
Acho que Deus teve pena de mim
E tomou meus poemas apaixonados
Como uma oração




2 comentários:

  1. Soneto-acróstico
    Ao amante

    O universo conspira para esse amor
    Mais do que poderá imaginar alguém
    Inexiste sentimento onde não haja dor
    Logo, onde um está outra vai também.

    Agora és átomo voando com beija flor
    Guardanapo amassado sem ninguém
    Resta a barra de chocolate com sabor
    Enquanto tal amor esperado não vem.

    Deus, certamente, terá pena de você
    O canto de pássaros cedo anunciarão
    Aquilo que por ser esconso não se vê.

    Mas, talvez, tudo termine numa oração
    Onde apenas não se pergunta o porquê
    Receio que por medo de ouvir um não.

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