Seguidores

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Eu sei que não era amor

Olhaste para mim
Com um lapso sorriso
Nos lábios
Nem era amor
Pra mim foi um Deus
Me acuda
Era um poema de amor
Do Neruda
Minha palavra ficou
Muda
Era um grande amor
Imenso demais
Não esquecerei jamais
Agora sou uma alma
Perdida
Nunca mais vou me encontrar
E era apenas um belo sorriso
Nos lindos lábios de batom
Doce como a seiva da flor
E nem era amar
Nem prenuncio de paixão
Pra uma bomba de mil megaton
Um cogumelo atômico
Que explodiu
Meu pobre coração


3 comentários:

  1. Que lindooo!! Sempre bom te ler poeta.Abraço!!

    ResponderExcluir
  2. Muito lindo!!!
    Às vezes é fácil confundir as coisas.

    ResponderExcluir
  3. Soneto-acróstico
    Ao olhar

    Se o tal olhar foi tão profundo e doce
    E no seu imo produziu esse turbilhão
    Realidade e sonho, como então fosse
    Álacre e sutil perfurando seu coração.

    Quando explodiu com tanto megaton
    Ultrajando aquela ingenuidade talvez
    Era tal como o ruído, o barulho, o som
    Expulsando para sempre sua timidez.

    Retórica, tão somente, alegria não traz
    Alimente-se desse riso da esperança
    Assim verás que sempre foste capaz.

    Mas tenha pois, perene na lembrança
    O amor, nenhum bem por você ele faz
    Radical louco que no abismo se lança.

    ResponderExcluir