Be era o
nome de uma abelhinha
Da colméia
4:20
Da fazenda
Locos Delirius”
Ali tudo
que se plantava dava
Apenas a
pimenta fuelgo bravo
Não conseguia
pegar
Ademais,
tudo ali era verdejante
Repletos de
flores coloridas
Que viravam
méis saborosos
E
medicinais
A mãe da
abelha Be ficava preocupada
Com ele
Que tinha a
mania de excitar os zangões
Proletários
E
explorados sexualmente pela rainha
A revolução
E gostava
de namorar flores proibidas
E beber
seus néctares com narcóticos
E levava
para uma ala marginal da colméia
Para fazer
um mel mui loco
E amava
comer seu vapor adocicado
A mãe dele
sempre dizia a Be
Que ao
fazer sua autobiografia
Deve saber
que seu nome era da gramática
De babel
Be era
quase abelha quase cerveja
E era o
verbo ser do inglês
Quase uma
nota musical
Quase duas
vezes no português
No sonido
Mas era
mesmo um derivado de Bee
Abelha
E era na
realidade a segunda silaba
Da palavra
abelha em português
Mas o que
importa era que Be
Era feliz
E gostava
de voar no conceito
De
liberdade e no céu azul
E oscular
as lindas flores dos jardins
da Hiléia
cerrado e pantanal
Sua mãe lhe
falava cuidado
Com as
venenosas
As
carnívoras são perfumadas
Mas fatais
Mas Be era
desobediente
Melífero
Amava
beijar aquela flor
Proibida
pelo código penal
E pela
anvisa
E escrever
poemas marginais
Nas pétalas
das flores
E haicais nos
nenúfares do lago
Lodoso
E até hoje
nunca encontrei alguém
Que me diga
O que dizia
pra a flor
Da Cannabis
Sativa...
Luiz Alfredo - poeta
Bibi a abelha
ResponderExcluirDe Bibi chamavam aquela abelha
Era esperta e conhecia o jardim
Que percorria como uma fedelha
Para beijar flores tintim por tintim.
Bem alegre e de olhos vermelhos
Era uma abelhinha bem criativa
Dos outros não seguia conselhos
E consumia sua Cannabis sativa.
Quem a incomodava era a rainha
De suas prerrogativas bem ciosa
Porém estava nem ai a abelhinha.
Se lhe acontecia beijar uma rosa
Bibi fazia bem tranquila e sozinha
Então saia pelo jardim toda prosa.