Oh! Noite me
diga na sua profunda
Escuridão
Pois sou um
homem de meia
Idade
Com algumas
pedras na visão
E meus óculos
estão arranhados
Pela vida
Estes
pontos brilhantes na imensidão
São
vaga-lumes
Ou galáxias
E quem são
estas mariposas
Que vem nas
noites enluaradas
Beber as
chamas azuis
Da minha
lamparina
Fazendo sombras
nas rimas
Dos meus
pobres sonetos
Por que
minha vida se passa
Nesta taberna
Sobre esta
mesa rústica
Uma lapiseira
bebendo versos
Num tinteiro
Uma cigarreira
de prata amassada
Que guarda
meus sentimentos
Uma janela
molhada de neblina
Por onde
escuto os grilos
Intermitentes
E procuro
dialogar com as estrelas
Luiz Alfredo - poeta
Lucidez
ResponderExcluirA noite, em geral silenciosa, fala
Sua visão do mundo não é escura
E descreve o que vê, depois cala
Mas tudo que diz é uma aventura.
Lembra ao homem de meia idade
O qual com seus óculos brilhantes
Vê pontos que luzem na imensidade
São vaga-lumes voando distantes.
Porém se na janela existe neblina
E usas óculos assaz arranhados
Lembre-se que é apenas tua sina
Enxergar á frente e não aos lados.
Meu amigo, a sol que te ilumina
É que pela natureza nos foi dado.