Ao poeta Mário Gomes
Vaga
vago
andarilho
O poeta
maltrapilho
Caminha
divaga
Traga as
gotículas de luz
Do sol
Os raios
translúcidos
Do luar
Escreve sua
saga
Nas ruas de
Fortaleza
A vida que
passa
Na praça
Nas
vitrines
Nas
vidraças
Escreve
seus poemas
Com o
cristalino do olhar
Com a
grafite do seu coração
Com a
canção dos pássaros
Com pedaços
da chuva
Com as
flores do flamboyant
Pelos
boulevard de antigas
Jabuticabas
E framboesas
Tempo em
que meninas
Passeavam
com suas sombrinhas
De
joaninhas
E meninos
passeavam de velocípedes
E os poetas
tinham um cravo branco
Na lapela
do fato
Agora é o
tempo de versos sombrios
E o poeta
de fato
Esta numa
mesa tecendo um verso
Que verso!
Fotografado...
Poesia de uma noite suja
ResponderExcluirA poesia jamais atenta para quem
Se miserável ou ricaço não importa
Porquanto quando inspiração vem
Surge diretamente naquela porta.
Mário Gomes passeia seus versos
Então através deles diz a que veio
Seu alumbramento é um universo
De rimar um versejar rico e cheio.
Tece estrofes na fímbria do asfalto
Como que com a vida em sintonia
E enxerga esse mundo lá do alto
Derramando rimas como se queria.
E seus ricos poemas de contralto
São o supra sumo da alta poesia.