Quando o
Brasil for dividido
Eu fico no
Ceará
O azul
esverdeado do seu oceano
Abafa o
vermelho da ditadura
A doçura
dos lábios da Iracema
Adoça o
amargo destes tempos
De um
fascismo disfarçado
O poema do
Patativa
E do poeta
de Russas
Toca meu
coração mais que os lábaros
Encarnados
Que mancham
as avenidas que tem nomes
Dos poetas
e revolucionários
Ficarei aqui
escutando a sabiá
O sanhaçu
Comendo pequi
Lendo o
romance de Ceci
Sonhando com
dias de liberdade
Neste céu
estrelado enluarado
De Canoa
Quebrada
Não deixarei
o Cariri
Terei saudades
de Sampa
Mas ficarei
por aqui
Soneto-acróstico
ResponderExcluirVejamos aqui essa porca politicalha
Infelizmente que no Patropi grassa
Lotada com escroques e canalhas
Passando a mão na grana da praça
Ontem mais uma vez se fez negror
Ludibriados por falsas promessas
Índices falsos que produzem terror
Tornam o povo vulnerável à beça.
Investem os mesmos numa secção
Como se este Patropi divisível fora
Assim, mais uma vez bem se dão.
Lógico, não só a alma sonhadora
Haverá de encontrar uma solução
Ao menos sem caixa de Pandora.