Nessa época os cordéis são
esquecidos
As ruas ficam cheias de panfletos
Nas aléias
Nos boulevards
Nos paralelepípedos
Nos esgotos entupidos
Aos ventos
Aos relentos
Nas maresias
Os cantadores vendem seus versos
Para as ideologias
Os menestréis cantam suas melodias
Doces harmonias
Para as eternas tiranias
Que prometem suas doces utopias
Um céu azulado
Repleta de balões coloridos
Uma tarde crepuscular avermelhada
Uma linda festa com tuba tubalina
E muita purpurina
Soneto-acróstico bem a calhar
ResponderExcluirDesce às avenidas, saiu do palanque
Em busca do tal votante desprevenido
Move-se atabalhoado qual um tanque
Através da bulha sem algum sentido.
Gravoso, verdadeira maravilha se diz
Ousado, muito honesto e um gigante
Gosta de crianças e de mãe de miss
Imagem de pureza, homem elegante.
Assim caminha nossa justa eleição
É um exemplo maior de democracia
Imêmore como todos os pleitos são.
Salve essa comédia sabendo à porfia
Seu legado será: elegemos um poltrão
Ou uma poltrã, se me permite a razia.