Não brinque
de guerra
Menino
Isto pode um
dia se tornar
Real
Brinque de boneca
menina
Esta veio da
vitrine
Do sofrimento
do trabalhador
Um dia
Não vai ser
de brincadeira
Ela vai chorar
de verdade
E sugar mamadeira
A brincadeira
dura um dia
A verdade a
vida inteira
Não brinque
de matar pássaros
Com baladeiras
Seus cantos
um dia podem fazer
Falta
Para você
E para o amanhecer
Brinque de pião
Empinar papagaios
Boneco duro
De cavalo de
pau
Brinque com
os ventos
Do milharal
Brinque de desenhar
Cogumelos flores
borboletas
Numa folha de
papel
A declamar poemas
de cordel
A rimar japim
com passarim
Balido de ovelha
Com mel de
abelha
Soneto-acróstico
ResponderExcluirÀs crianças
Brinquem crianças, nesta vida sincera
Rica em estranheza, óbice e desafio
Isto vai qualquer dia se tornar a vera
Nada que faça do seu viver um vazio.
Cada brincadeira reflete o que espera
Anos à frente quando pode haver estio
Nadando de braçadas na tua quimera
Deixando lamúria para trás, com brio.
O dia de amanhã ninguém o conhece
Assim quando ele vier estejam certas
Vai ser aquilo que teu tempo oferece.
E certamente portas e janelas abertas
Resultado certo do que hoje acontece
Apenas produto de suas descobertas.
Belo soneto que enriquece
ResponderExcluirmeu poema
a ainda traz mais dilemas
a este tema