Não sabia
que as noites demoravam
Tanto
Quando a
alma sofria de paixão
Quando o
coração pulsava no tempo
Da solidão
Até os
sonetos
E os fados
na vitrola não tinham fim
Nem o luar
ia embora
Parecia com
pena de você
E as
estrelas nestas noites insanas
Tornam-se
poetisas parnasianas
Debruçando
nas janelas
Reluzindo
nas marquises
Tresloucados
versos de amor
Até mesmo
no amanhecer
Quando o
sol apaga as estrelas
E silencia
os seus poemar
Ainda ficam
balbuciando pedaços
de versos
apaixonados
Mas o dia
não fica atrás
Traz as
flores que dela lembram
Os
ensolarados girassóis
Os
encantados rouxinóis
E no vão do
quarto os poemas
Inacabados
Espalhados
entre os lençóis
Jogados
pelo chão
Poemas de
antigos bardos
E o rouco
violão
Morto de
sono
Soneto-acróstico
ResponderExcluirNoite quase vazia
Viver pode parecer difícil um quanto
Enquanto a alma sofre uma paixão
Resta que as noites demoram tanto
Silenciosas e insanas contudo são.
Os rouxinóis amanhecem seu canto
Debruçado na janela espero em vão
Entoando mesmo imaginário canto
Sobeja o sentimento jogado no chão.
Mas qualquer dia não fica para trás
Em vão do quarto versos inacabados
Diz que as estrelas não brilham mais.
Indiferentes a girassóis ensolarados
De nada adianta meus gemidos e ais
Ou meus versos surdos, balbuciados.
Olá, Luiz.
ResponderExcluirMaravilhoso! Às vezes, a noite tem pena dos poetas, e se demora.